11 janeiro, 2014

Puros

Esse foi um dos 5 livros que eu comprei no ano passado na tal da Black Friday. Costumo comprar livros pelo título ou pela capa (de vez em quando nem a sinopse eu leio), mas esse eu confesso que comprei pelo preço.

Impossível não comprar um livro que custa menos que dez reais...

Não gostei, no começo. Pareceu meio chato, e eu pensei que ia ser um daqueles livros que demoram anos pra serem terminados. Eu tenho um problema sério: se começar a ler um livro, tenho que terminar. Por pior que seja. Não consigo começar um novo enquanto não termino o velho. E às vezes eu realmente sofro com isso.

Mas desta vez eu, felizmente, me surpreendi. 

A história se passa num futuro qualquer. Houve, na Terra, uma série de explosões, que fez com que as poucas pessoas que sobreviveram ficassem fundidas às coisas que às coisas a que estavam próximas quando o fim do mundo chegou. Mas o mundo não acabou, e essas pessoas foram obrigadas a arrumar um jeito de sobreviver a um ambiente destruído e cheio de cinzas. São chamados miseráveis, e é assim que vive uma das personagens principais, uma menininha que tem o braço fundido à cabeça de uma boneca.

Algumas pessoas, entretanto, salvaram-se, porque estavam protegidas, em um lugar chamado Domo, quando tudo explodiu. São chamados Puros, e um deles, filho do suposto "presidente" do tal Domo, é outro dos personagens principais.

Como era de se esperar, quem estava fora queria entrar, e quem estava dentro queria sair. É o enredo básico, quem vem rodeado com o medo que todas as crianças tem porque ao atingir 16 anos são levadas à força para uma espécie de treinamento militar, com lições dadas por um garoto que teoricamente está morto e portanto não precisa fugir de tal treinamento, e com as surpresas e coincidências entre a menina miserável e o menino puro.  No geral, o livro é bacana. Uma leitura agradável. Mas não é aquelas coisas. 

Gosto da forma como a autora retrata as memórias que os personagens têm de antes de tudo ser como é. Ela fala de um Antes, como falamos em Idade Média, por exemplo. As crianças brincam de "eu me lembro" e as experiências de que elas realmente se lembrar são valiosas. Alguns chegam a fingir que se lembram de coisas que ouviram outros dizendo que lembravam.

Descobri, só depois de terminar de ler, que se trata de uma trilogia. O segundo volume se chama Fuse e o terceiro Burn. Nenhum dos dois foi lançado ainda. Sinceramente, não sei ao certo o que há para continuar, e não me animei em continuar lendo. Até porque, as últimas trilogias que li foram todas bem decepcionantes. 

Talvez eu opte por ficar com o conceito de "livro bacana" só do primeiro volume. Mas não garanto nada. Eu tenho um problema incontrolável: se vou numa livraria, compro um livro. E outro problema grande: sempre vou numa livraria.

A fila de livros para ler aqui está grande, mas, nunca se sabe o dia de amanhã...


Qualificação: 2.5 estrelas
Nível de recomendação: é um bom passatempo. Mas palavras cruzadas também são.


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